quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cansado...


Cansado de teologia. É assim que me sinto. Cansado de ver um povo enganado, iludido, "declarando" "profetizando" prosperidade. Cansado de ver tanta gente "bradando aos céus", "exigindo" e "cobrando" de Deus por promessas que o Todo Poderoso nunca fez.

Durante Dez anos vivi no meio de pessoas que "exalavam" fé. Uma fé sem resultados. Uma fé inútil. Vi pessoas que não tinham dinheiro nem para pagar o ônibus que os levavam até a "igreja". E foram essas mesmas pessoas que deram a seus líderes dinheiro suficiente para comprar carros blindados e mandar os filhos estudarem no exterior.

Quanta incoerência! Enquanto esses líderes pregavam a tal "teologia" que os tiraria da crise financeira, as pessoas continuavam vivendo a mesma vida de dificuldades, e muitas vezes, com um certo "ressentimento" para com Deus, que não cumpria com aquelas promessas que saiam do púlpito. Vi gente preocupada em combater o gafanhoto, sem perceber que este se apresentava com a bíblia na mão sobre o altar.

Em todos esses anos, vi uma teologia cheia de facilidades. Onde a porta larga conduzia ao céu e a estreita à perdição. Vi uma teologia onde o Espírito Santo fazia de tudo: fazia pessoas caírem no chão, rirem descontroladamente, falarem em "línguas estranhas"; só não fazia uma coisa: gerar arrependimento para santificação.

Vi ainda apóstolos auto-intitulados. Os que não eram auto-intitulados, foram ordenados por homens que eram. Vi homens se dizerem íntegros e "de probidade", mas eram corruptos e mentirosos.

Conheci uma teologia que nos fez "deuses". Conheci uma teologia de mentiras, de palavras que voltam vazias, de profecias que não se cumprem nunca.
Conheci uma teologia de emocionalismos. De música de fundo na hora da oração que leva a emoção; De voz trêmula para gerar o choro; de teatro, de frases mentirosas como: "Eu sinto a presença de Deus", quando o que realmente se sentia era o desejo de manipular as pessoas.

Conheci uma teologia de orgulho e soberba. Uma teologia de homens que se diziam ser donos da verdade. Conhecedores da "revelação completa". Conheci uma teologia que subestima os reformadores. Afinal, sua "doutrina" é superior.

João 10:10 - "O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.Conheci a teologia criada pelo Demônio. A teologia que rouba o povo de Deus, mata os sonhos e destrói a confiança no Evangelho. O mais triste, é que eu fui mais uma vítima desta teologia.
I Timóteo 4:1, 2 - "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizado a própria consciência”.

DEUS ME SALVOU DESSA TEOLOGIA.

Hoje, vivo a verdade. A verdade bíblica. A Verdade que não acrescenta nada a Palavra. Vivo a verdadeira Teologia da Graça. A Teologia que não cobra nada de Deus. Mas pede pela "Sua misericórdia". Vivo a Teologia do Pai Nosso, a Teologia do arrependimento diário. A Teologia da gratidão a Deus.

Hoje, vivo a Teologia que ao invés de buscar a bênção, busca o abençoador. Hoje, vivo uma Teologia que não distorce as Escrituras. Vivo a Teologia de Deus.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

7 Dias Pra Viver


O que você faria se tivesse apenas uma semana de vida?

Abordei quatro pessoas próximas com esta pergunta. A pergunta foi feita de súbito, fora de contexto. Indaguei do nada surpreendendo-as com uma questão pouco levantada em seus dias comuns.

Primeiro foi interessante observar as expressões de impacto: "Como assim?", "O quê?", "Hummnn..."

Acredito que a esmagadora maioria das pessoas não pensam muito nisso. Ninguém gosta de pensar no fim! Ninguém quer o fim. Todos queremos - e pensamos ter - mais tempo. Todos nós vivemos como se fôssemos imortais na verdade. No mínimo afastamos de nossos pensamentos a idéia de que enfim aquele dia chegará... o dia em que findará tudo o que conhecemos, tudo o que vemos, tudo o que experimentamos, tudo o que construímos e conquistamos.

Pense um pouco comigo. O que dá valor às coisas? O que é valor? O que é importante? O que vale a pena? Onde está nosso tesouro? O que é nosso tesouro?

Creio que você como eu acordamos todos os dias e temos como meta ganhar dinheiro para viver, certo? Ou será que temos vivido para ganhar dinheiro? Pare para pensar um instante... Onde você deposita seus valores? Ao que você confere valor?

Todo mês quando recebo meu merecido "dinheirinho", que logo tem seu destino certo, fico a pensar: "Puxa vida! Esse papelzinho filho da p&t@ é razão de boa parte da minha rotina! É razão de boa parte de minhas preocupações. Por causa desse papelzinho morrem pessoas... PESSOAS, caramba! Papelzinho... pessoas... Algo está errado aqui..."

O quê? Pegamos um papel impresso e lhe conferimos valor? Não consigo entender o fenômeno de valorizar alguma coisa sem comparação. Algo tem valor diante de outra coisa que não o tem. O valor é praticamente simbólico, abstrato. O valor das coisas brota de dentro de nós...

Famílias estão passando fome porque não têm alguns papéizinhos "com valor"? Crianças estão sem perspectivas de futuro por causa de papéizinhos atribuídos de "valor"? Isso não soa nem um pouco justo. Aliás, é isso que é o Capitalismo, certo? Lucro inconseqüente. Lucro injusto. Lucro, lucro e lucro...

Mas, valor é algo que só tem sentido se comparado com outra coisa sem valor! E para isso ser determinado precisamos de perspectivas. O mundo gira como se não fosse findar nunca. Lucrar é a ordem. Vencer é o objetivo. Acumular é o princípio.

Mas, o que acontece quando você só tem sete dias para viver? Suas perspectivas mudam radicalmente. Suas prioridades alteram-se como nunca seriam se não lhe restasse tão pouco tempo. Resumindo, seus valores tornam-se outros. Melhor dizendo, as coisas que realmente têm valor emergem nessa perspectiva de reta final.

O trabalho árduo, frenético e quase incessante perde o sentido. Se este perde o sentido, o dinheiro então se torna loucura! O poder, a ganância e o orgulho tendem a perder campo. O que realmente importa na vida torna-se mais claro quando nossos dias são abreviados.

Ninguém quer gastar seus últimos sete dias de vida trabalhando, ganhando dinheiro, exercendo poder, vingando, magoando, maltratando, brigando, acumulando bens, retendo tesouros, negligenciando o outro necessitado, e tantas outras coisas que são comuns enquanto vivemos "imortais".

As respostas que tive me levaram a perceber que realmente vivemos e damos valor às coisas que na verdade não teriam valor algum para nós numa perspectiva de morte iminente. O que por conclusão temos que, de fato, não são coisas que deveríamos atribuir valor.

E nos últimos sete dias de vida o que realmente importa é estar com as pessoas que você ama. É estar com as pessoas que te amam também. É correr atrás de fazer feliz e se preocupar menos com que te façam feliz. Na última semana de vida o que realmente tem valor são PESSOAS... Essas coisas que geralmente não damos valor durante toda uma vida pensando que somos "imortais".

Deus deve achar ridículo quando damos valor a "papeizinhos" e não às pessoas quando estas são na verdade as únicas coisas que importam quando paramos para pensar...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Feridas


Os humanos sofrem bastante. Muito, para não dizer a maior parte do nosso sofrimento tem origem na relação com aqueles que nos amam. Estou constantemente ciente de que a minha agonia profunda provém, não dos terríveis eventos que leio nos jornais ou vejo na televisão, mas da relação com as pessoas com quem partilho a minha vida diária. São precisamente os homens e mulheres, que me amam e que estão muito perto de mim, os que me ferem. À medida que ficamos mais velhos, geralmente vamos descobrindo que nem sempre fomos bem amados. Com freqüência, os que nos amaram também nos usaram. Os que se interessaram por nós foram, por vezes, também invejosos. Os que nos deram muito, por vezes, exigiram também muito em troca. Os que nos protegeram quiseram também possuir-nos nos momentos críticos. Habitualmente, sentimos a necessidade de esclarecer como e por que é que estamos feridos; e, com freqüência, chegamos à alarmante descoberta de que o amor que recebemos não foi tão puro e simples como tínhamos julgado.
É importante esclarecer estas coisas, especialmente quando nos sentimos paralisados por medos, preocupacões e anseios obscuros que não compreendemos.
Mas compreender as nossas feridas não basta. Ao fim, temos que encontrar a liberdade para passar por cima das nossas feridas e a coragem para perdoar aos que nos feriram. O verdadeiro perigo está em ficarmos paralisados pela raiva e pelo ressentimento. Então começaremos a viver o complexo do "ferido", queixando-nos sempre de que a vida não é "justa".
Jesus veio livrar-nos destas queixas auto-destrutivas. Ele nos ensina a por de lado as nossas queixas, perdoar os que nos amaram mal, passar por cima da sensação que temos de sermos rejeitados e ganharmos coragem para acreditar que não cairemos no abismo do nada, mas no abraço seguro de Deus cujo amor curará todas as nossas feridas.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Gratidão


Agradecer pelas coisas boas que acontecem na vida é fácil, mas agradecer por tudo em nossa vida - tanto pelas coisas boas como pelas ruins, pelos momentos de alegria e pelos momentos de tristeza, pelos sucessos e pelas falhas, pelas recompensas e pelas rejeições - requer muito trabalho espiritual. Só seremos pessoas verdadeiramente gratas quando pudermos agradecer por todas as coisas que nos conduziram até o presente momento. Enquanto dividirmos nossa vida entre eventos e pessoas que gostaríamos de lembrar e aqueles que preferiríamos esquecer, não poderemos pensar na plenitude de nosso ser como dom de Deus pelo qual devamos ser gratos. Não tenhamos medo de olhar para tudo o que nos trouxe para onde estamos agora e confiar que, em breve, veremos nisso a mão de condutora de um Deus amoroso.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A RESPEITO DE COISAS QUE EU NÃO POSSO DEIXAR DE SABER



Você sabia que foi apenas no ano 190 d.C. que a palavra grega ekklesia, que traduzimos como igreja, foi pela primeira vez utilizada para se referir a um lugar de reuniões dos cristãos? Sabia também que esse lugar de reuniões era uma casa, e não um templo, já que os templos cristãos surgiram apenas no século IV, após a conversão de Constantino? Você sabia que os cristãos não chamavam seus lugares de reuniões de templos até pelo menos o século V? Você sabia que o primeiro templo cristão começou a ser construído por Constantino, sob influência de sua mãe Helena, em 327 d.C., às custas de recursos públicos, e sua arquitetura seguia o modelo das basílicas, as sedes governamentais da Grécia e, posteriormente, de Roma, e dos templos pagãos da Síria? Você sabia que as basílicas cristãs foram construídas com uma plataforma elevada acima do nível da congregação e que no centro da plataforma figurava o altar, e à sua frente a cadeira do Bispo, que era chamada de cátedra? Você sabia que o termo ex cathedra significa “desde o trono”, numa alusão ao trono do juiz romano, e, por conseguinte, era o lugar mais privilegiado e honroso do templo? Você sabia que o Bispo pregava sentado, ex cathedra, numa posição em que o sol resplandecia em sua face enquanto ele falava à congregação, pois Constantino, mesmo após a sua conversão ao Cristianismo, jamais deixou de ser um adorador do deus sol? Você sabia que o atual modelo hierárquico do Cristianismo, que distingue clero e laicato, teve origem e ou foi profundamente afetado pela arquitetura original dos templos do período Constantino?

Você sabia que Jesus não fundou o Cristianismo, e que o que chamamos hoje de Cristianismo é uma construção religiosa humana, feita pelos seguidores de Jesus ao longo de mais de dois mil anos de história? Você sabia que o que chamamos hoje de Cristianismo está profundamente afetado por pelo menos três grandes eras: a era de Constantino, a era da Reforma Protestante e a era dos Avivamentos na Inglaterra e nos Estados Unidos? Você sabia que é praticamente impossível saber a distância que existe entre o que Jesus tinha em mente quando declarou que edificaria a sua ekklesia e o que temos hoje como Cristianismo Católico Romano, Protestante, Ortodoxo, Pentecostal, Neopentecostal e Pseudopentecostal?

Você sabia que os primeiros cristãos se preocuparam em relatar as intenções originais de Jesus com vistas a estender seu movimento até os confins da terra? Você sabia que este relato está registrado no Novo Testamento, mais precisamente nos Evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos? Você sabia que o terceiro evangelho, Evangelho Segundo Lucas, e o livro dos Atos deveriam formar no princípio uma só obra, que hoje chamaríamos de “História das origens cristãs”? Você sabia que os livros foram separados quando os cristãos desejaram possuir os quatro evangelhos num mesmo códice, e que isso aconteceu por volta de 150 d.C.? Você sabia que o título “Atos dos Apóstolos” surgiu nessa época, segundo costume da literatura helenística, que já possuía entre outros os “Atos de Anibal” e os “Atos de Alexandre”?

Nesse emaranhado de coisas que eu não sabia, três coisas eu sei. A primeira é que a crítica que o mundo secular faz ao Cristianismo institucional tem sérios fundamentos, ou como disse Tony Campolo: “Os inimigos estão parcialmente certos”. A segunda coisa que sei é que nesta Babel que vem se tornando o movimento evangélico brasileiro, está cada vez mais difícil identificar a essência do Evangelho de Jesus Cristo, nosso Senhor. A terceira coisa que sei é que vale a pena perguntar aos primeiros cristãos o que eles entenderam a respeito de Jesus, sua mensagem, sua proposta de vida e suas intenções originais. Vale a pena voltar à Bíblia. Não há outra fonte segura de informação e formação espiritual, senão a Bíblia Sagrada, especialmente o Novo Testamento.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sob Nova Direção



Nesse último fim de semana fui com minha família para a praia, então vi uma lanchonete com uma faixa escrita "SOB NOVA DIREÇÃO"...É claro que não quero falar da lanchonete...mas isso me chamou atenção para minha propria vida.

Fazem 6 anos que me desliguei de uma instituição, onde fiquei por longos dez anos, muito tempo...sendo formado, discipulado e dirigido por um evangelho totalmente desviado das verdades do evangelho de Cristo.
E o incrivel é que acostumamos, porque o ser humano, e isto está provado cientificamente, é capaz de se acostumar com as coisas mais terriveis e sobrehumanas, que se tem noticia.
E eu me acostumei, em ser guiado e dirigido, por coisas terriveis, e o pior é que arrastei toda minha casa junto comigo.

Hoje lembro-me, por exemplo em criar campanhas (forma de coletar dinheiro na igreja), era uma loucura, até minha esposa com um bebe ainda de colo, me ajudava com essas campanhas, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E aí eu pergunto que "direção" era esta?

Me lembro também, em fazer votos (forma de coletar dinheiro dentro da instituição), votos esses que eram grotescos, porque muitas vezes até passei e fiz minha familia passar por necessidades, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E ai outra vez, pergunto que "direção" era esta?

Me lembro também, dos dias de cultos, eram reuniões todos os dias da semana, alguns dias haviam até três reuniões, passava mais horas e dias na instituição, do que com a minha esposa e filhos, não tinha tempo para familia, amigos, diversão, cultura, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E ai outra vez, pergunto que "direção" era esta?

E hoje posso responder com toda certeza, esta era a "direção", de quem sabe manipular, isto é sim a vampirização do evangelho, isto é direção de quem quer pra si e não pro reino de Deus, gente que quer ter controle total sobre as pessoas.
Hoje consigo enxergar com toda clareza, e vejo como fui mal dirigido...
Alias como me deixei ser dirigido por tais pessoas...

Hoje graças a Deus, estou com uma placa enorme na minha vida que diz "SOB NOVA DIREÇÃO"...agora não mais de homens ou instituições, agora somente sendo dirigido pelo evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E garanto, como isso é bom...tirou um peso, um fardo, hoje a vida é mais leve, hoje posso refletir do que realmente significa o Evangelho de Jesus.
Hoje vivo o total desapego do ter, para simplesmente ser...ser pai, marido, filho, irmão, amigo, ser gente...e como é bom isso...

Vejo tantas pessoas ainda neste martirio religioso, tantas pessoas que se deixaram e se deixam ser dirigidas por instituições e lideres fraudulentos, que a única coisa que me resta a fazer, é pedir ao Senhor da seara, ajude eles, dê luz a eles...
E quem sabe um dia, assim como eu, todos esses vão pendurar uma placa bem grande na vida deles "SOB NOVA DIREÇÃO".

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Fé Mediante ao Amor



Uma das afirmações mais fortes e realistas de Jesus acerca do sucesso do Evangelho na Terra, digo “sucesso” mensurável por categorias visíveis, foi a sua pergunta “Quando vier o Filho do Homem, porventura encontrará fé na Terra?”

Ele manda que se pregue no mundo todo, a todas as nações, e que se dê testemunho do Seu amor pelos homens, enquanto no ato do viver/pregar, dizia Ele, os que fossem Seus mensageiros e discípulos, amar-se-iam uns aos outros, pois, somente assim o mundo creria...

Ao mesmo tempo Ele declara que quando o Filho do Homem voltasse... fé seria uma raridade no chão do planeta.

Ele manda pregar ao mundo, mas diz: “Se o mundo me odiou, odiará também a vocês”.

Ele ordena que se dê testemunho a todas as nações, mas não disse que as nações se converteriam...

Todavia, quando disse que somente o amor entre os discípulos é que seria o poder comprovador da eficácia do Evangelho, e, assim, seria o único poder com a força necessária para, como testemunho, curvar o mundo ante as evidencias de Seu poder manifesto como cura humana, pelo amor, entre os Seus discípulos... —, também disse que quando o Filho do Homem voltasse não encontraria fé na Terra.

Ora, com isto Ele dizia que se os discípulos se amassem o mundo teria uma chance; mas se não se amassem, nem o mundo, e menos ainda os discípulos, teriam qualquer chance; pois, para Jesus, Igreja sem amor não existe; é sino tocando como latão de má qualidade; é como blasfêmia cantada com cara contrita; é como homem e mulher fingindo que estão tendo prazer; é como o que tivemos: o Cristianismo com cara de poder romano ou terreno..., mas sem nada de Jesus.

Ora, Jesus sabia que assim ninguém creria..., pois, Ele mesmo não creria...

E se Jesus não crê em algo, quem mais genuinamente poderá dizer que sua fé naquela coisa seja real?

Jesus somente se convence ante a fé que atua pelo amor!

Ora, o que não for assim não convencerá a Ele; e como é Ele, pelo Seu Espírito, quem convence o mundo, tal anuncio do “evangelho” no qual Jesus não creia [posto que ainda que “certo” não seja fruto do amor], não convencendo primeiro a Ele, não convencerá ao mundo; pois, não tendo o testemunho Dele, não terá poder sobre o mundo.

Por isto somente me interessa pregar aquilo no que Jesus creia.

Creia em mim..., a partir da coerência da mensagem com o desejo sincero da vida em amor e em perdão para com todos, indiscriminadamente; e não somente isto, mas capaz de manifestar amor simples por todos os homens.

No entanto, esses serão sempre um pequenino rebanho... Pois, os discípulos não se amaram e não se amam, não crêem que sem amor nada aproveita, e insistem em pregar aquilo no que Jesus não crê..., que é um evangelho sem amor e misericórdia.

Por isto, o afã da “igreja” de pregar sem amar, é sua própria condenação, pois, pela falta de amor, a pregação se torna apenas uma barulheira dos infernos...

Assim é a profundidade do realismo de Jesus acerca do “sucesso” da Sua mensagem entregue à Igreja que virou “igreja”.

Enquanto isto, o "Legião Urbana" parece saber disso melhor do que a "igreja":



Nele, quem não levou susto com nada do que fizemos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Um dia você acorda


Um dia você acorda e sente que já não é mais o mesmo, que o cheiro da vida mudou, que as antigas motivações não lhe servem mais, como roupas antigas e apertadas, desbotadas pelo uso excessivo.

Um dia você acorda e percebe que a luz está diferente, que os sons da vizinhança não lhe dizem mais respeito, que o som do seu coração está cansado das mesmas batidas na terra, seu coração está pedindo é para voar. Percebe que antigos sonhos estão voltando, mas não têm lugar naquele pouco espaço que lhes foi destinado, como uma revoada de passarinhos a fazer um barulho incrível no seu peito, batendo asas e soltando penas.

Você acorda e se dá conta do que não fez, de onde não chegou, dos arranjos e das coisas e gentes que usou para seu gozo, e no entanto, não conseguiu ser íntegro consigo mesmo.

Um dia acorda e percebe: decepcionado, quis crer em tantas crenças e doutrinas, se esforçou para agradar a gregos e troianos, disse “sim” quando queria dizer “não”, e deixou de falar “não” tantas vezes que já não sabia mais qual era o seu querer, quais eram os seus sabores preferidos e a direção que escolheu caminhar.

Da mesma forma, acorda e percebe que estava com saudade da sua música, seus livros, seus segredos e seu ócio. Acorda e olha para o teto, vê possibilidades acima do teto; sorri, simpatizando-se com a aranha tecendo teimosa a despeito das estocadas diárias da vassoura.Sem se render, ela recomeça toda noite, e agora você se dá conta que existe a coragem de recomeçar.

Um dia você acorda e lembra que riu, comeu e sentou a mesa com gente que de fato nunca se importou, e você oferecendo seu melhor sorriso em troca de aceitação. Que bobagem. Lembra que não protestou diante de absurdos, recolhendo-se à boa educação de sempre.Lembra que deu o relógio para a pessoa errada, e deixou de abraçar por puro preconceito, e que não tentou mais uma vez.

Um dia você acorda cansado de dizer que está cansado de viver, e decide que vai correr o risco de recapitular suas teologias e filosofias.

Um dia. Um dia você acorda.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ISAÍAS 43


1. Mas agora, assim diz o SENHOR, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
2. Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.
3. Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate e a Etiópia e Sebá, por ti.
4. Visto que foste precioso aos meus olhos, digno de honra, e eu te amei, darei homens por ti e os povos, pela tua vida.
5. Não temas, pois, porque sou contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente e a ajuntarei desde o Ocidente.
6. Direi ao Norte: entrega! E ao Sul: não retenhas! Trazei meus filhos de longe e minhas filhas, das extremidades da terra,
7. a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória, e que formei, e fiz.
8. Traze o povo que, ainda que tem olhos, é cego e surdo, ainda que tem ouvidos.
9. Todas as nações, congreguem-se; e, povos, reúnam-se; quem dentre eles pode anunciar isto e fazer-nos ouvir as predições antigas? Apresentem as suas testemunhas e por elas se justifiquem, para que se ouça e se diga: Verdade é!
10. Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.
11. Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador.
12. Eu anunciei salvação, realizei-a e a fiz ouvir; deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus.
13. Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?
14. Assim diz o SENHOR, o que vos redime, o Santo de Israel: Por amor de vós, enviarei inimigos contra a Babilônia e a todos os de lá farei embarcar como fugitivos, isto é, os caldeus, nos navios com os quais se vangloriavam.
15. Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o Criador de Israel, o vosso Rei.
16. Assim diz o SENHOR, o que outrora preparou um caminho no mar e nas águas impetuosas, uma vereda;
17. o que fez sair o carro e o cavalo, o exército e a força -- jazem juntamente lá e jamais se levantarão; estão extintos, apagados como uma torcida.
18. Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.
19. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.
20. Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido,
21. ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor.
22. Contudo, não me tens invocado, ó Jacó, e de mim te cansaste, ó Israel.
23. Não me trouxeste o gado miúdo dos teus holocaustos, nem me honraste com os teus sacrifícios; não te dei trabalho com ofertas de manjares, nem te cansei com incenso.
24. Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas iniqüidades.
25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.
26. Desperta-me a memória; entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que possas justificar-te.
27. Teu primeiro pai pecou, e os teus guias prevaricaram contra mim.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Artes Visuais e a Semente do Museu-Local



Vai Acontecer a Segunda Edição do Evento de Artes Visuais no Espaço Contra-Cultural "Igreja Dos Loucos", teremos exposições de artistas Locais, estão todos convidados para aparecer por lá....

Clique na imagem para ampliá-la.
...
E clique aqui para ver o mapa para o Espaço Contracultural Igreja dos Loucos!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Perdido ou apenas encontrado?

Sabe as vezes eu encontro em mim sentimentos e vontades que este mundo não pode satisfazer
Sendo assim, eu só posso concluir que eu não fui feito para este lugar.
Muitas Vezes Percebo que minha luta contra a minha carne é na melhor das hipóteses apenas leve e momentânea
Então é claro que terei a sensação de estar perdido se comparar tudo isso com o lugar para onde estou destinado.

Espero aflito que fale comigo na luz da alvorada
Aguardo ancioso que a sua Misericórdia venha com a manhã
Então eu suspiro e com toda a criação grito enquanto espero a esperança vir para mim

Eu estou perdido ou apenas encontrado?
No caminho reto ou na rotatória do caminho errado?
Existe uma alma que se move em mim, ela está se libertando, querendo se tornar viva?
Porque o meu conforto me faz preferir ficar dormente
E evitar o nascimento de quem eu nasci para me tornar

Nós não estamos aqui por muito tempo
Nosso tempo é apenas um fôlego, então é melhor respirá-lo
E eu, eu fui feito para viver, fui feito para amar, eu fui feito para conhecer a Ele
A esperança está vindo pra me buscar
Então eu digo: Espere, Por que Ele está vindo...
E só então terei certeza de que na verdade talvez nunca tenha me perdido , e sim, apenas fui encontrado...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Perdão meu Deus

Perdão meu Deus! Pelas vezes que fui ao culto buscar bênçãos de ti. A religião nunca me ensinou o real poder da cruz e da ressurreição, muito menos a versão “evangélica” (do evangelho) de culto, que enuncia ser o culto um ambiente comunitário de total louvor ao nome bendito de Jesus Cristo, a quem devemos a vida. Enganado, fiz do culto em Cristo um ambiente pagão, pratiquei de maneira insana a filosofia do “toma lá, da cá”, usei de barganhas, clamei pela sua mão e me esqueci da tua maior obra: a redenção.
Perdão meu Deus! Pelos dias que me desgastei preocupado com as minhas coisas, esquecendo-me de buscar o seu reino e a sua justiça. É muito difícil entender a graça, a segurança e o consolo que seu Filho nos prometeu; estas, não são palavras de fácil compreensão para quem foi, por muito tempo, prosélito de quem se julga detentor absoluto da verdade.
Perdão meu Deus! Pelas músicas que cantei, pelo: “restitui! Eu quero de volta o que é meu!” E tantas outras imbecilidades entoadas por mim. Como prosélito de néscios travestidos de sacerdotes, adotei a filosofia que dicotomiza música evangélica e música “do mundo” e acabei coando o mosquito e engolindo camelos. Por um desvio teológico o movimento evangélico tem cantado mentiras absurdas em nome de Deus, saciando o ego humano e a fome de injustiça de Satanás, enquanto as músicas populares, com poesias brilhantes, louvam a Deus, bendizendo a vida.
Perdão meu Deus! Por ter idolatrado a Bíblia por tanto tempo, fazendo dela o livro dos livros, mas esquecendo-me de vivenciá-la. Pelas vezes que fiz dela um livro de necromancia evangélica, tirando dela seu objetivo único de revelar Deus ao homem e o homem ao homem de maneira escrita pelos seus servos e inspirada pelo seu Espírito. Pelas vezes que a li só por ler, sem a pretensão de entendê-la, mas com o fim de decorar versículos para cuspi-los nos rostos daqueles que não fazem parte da tua igreja bendita.
Perdão meu Deus! Pelas vezes que deixei de desfrutar a vida em nome de uma santidade vulgar, imbecil e não-bíblica. Por obstruir a vida em favor de questiúnculas de seres humanos que se preocupam em manipular o outro e a divindade, em favor dos “bons costumes”.
Meu Deus, arrependido e disposto a reviver, ante as novas oportunidades que só o Senhor concede aos que o buscam com um espírito contrito e um coração arrependido, confesso-lhe me sentir um estranho em meio a tanta ignorância entre aqueles se dizem teus filhos.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

One Cross + One Son * number of people in the world in all times = ∞ of persons rescued.

Quando penso na cruz, algo vem a minha memória। Uma cruz + 3 cravos (pregos) + uma coroa de espinhos + uma lança. Junte tudo isso logo depois de porções de humilhação e açoites. O resultado desta equação é a Salvação do mundo!Somos responsáveis pela única vez em que Jesus foi separado de Deus Pai, e este momento era o verdadeiro temor de Cristo, quando Ele pede ao Pai que se possível não tenha que beber deste cálice. A dor da separação de Deus, o Seu Pai, é muito maior do que, a que iria sentir no seu físico, e então como numa noite de primeiras experiências Ele, pela primeira vez não se dirige a Deus como Pai. Dramatizamos em todos os sentidos a crucificação de Cristo, dia após dia, mas esquecemos de colocar em evidência o real motivo de dor para Cristo, e também esquecemos de dizer o porque essa dor foi causada. Quando ele está naquela cruz, O pecado do mundo cai sobre um justo, uma pessoa que nunca praticou o mal nem a injustiça e então como um tsunami ou uma avalanche de pecados (praticados por pessoas de todos os tempos) vem sobre sua cabeça, o contaminando com a impureza que traz aversão a Deus.Três dias se passam e tudo passou, ficou para traz! Ele, Cristo, já não estava mais com impurezas sobre si, havia cumprido sua tarefa, sua obra, sua missão e o sangue que dEle foi derramado, espirrou lavando a vida de pessoas, tribos, povos e nações de todos os tempos.Hoje os que escolhem ficar com as marcas destes pingos de sangue, sempre que erram ou cometem algum “pecado” não ficam impuros e o Pai não vê impurezas continuando junto deles. Mas há também aqueles que resolvem retirar estas gotas de sangue, e quanto mais se limpam mais se contaminam, não lhe parece uma ironia?!Agora, além de Jesus na cruz haviam também outras duas pessoas. Um homem que debochava e se esquivava dEle e outro que buscava receber uma gota do sangue que ao invés de sujar limpava. Será que não é desmerecer todo este sacrifício, quando digo que sou perfeito e julgo as outras pessoas, quando acho que não cometo erros e que sou o CARA porque quando falo, toco ou canto acontecem coisas diferentes, achando que a redenção vem apenas de minhas atitudes e merecimento? E qual é o verdadeiro significado da graça?De todas estas coisas, algo domina minha mente, de dia e de noite.Qual daqueles companheiros de calvário sou eu ?

Tiago M. dos Santos

terça-feira, 5 de maio de 2009

Desconstrução

Não quero reformar nada! Não quero reformar ninguém! Apenas quero desconstruir minha religião e dar-me a oportunidade de começar novamente. Do zero! Quero aprender a orar porque suspeito que nunca aprendi em todos esses anos de eloqüentes orações entonadas no conjunto de súplicas adornadas de lindos verbos.Tenho a ligeira impressão de que todas as vezes em que falei em línguas na roda de oração para fazer notório o meu nível espiritual, não me valeram de edificação alguma. E que minhas devocionais carregadas de desânimo e obrigação para com a minha "consagração" no ministério de louvor não resultaram em nenhuma intimidade com Deus!Quero desfazer de tudo que sei, ou que penso saber, e de tudo que não sei, e penso não saber, para aprender paulatinamente através de uma busca sincera, paciente, desobrigada, verdadeiramente motivada e autêntica, tudo quanto preciso, quanto quero e quanto me é essencial na jornada da fé. Quero despojar-me dos manuais religiosos, das doutrinas inquestionáveis, das tradições incoerentes e da estupidez e falácia da religião.Quero duvidar de tudo e de todos, porque minha alma contorce pela verdade e tem sede de justiça. Quero abrir os meus olhos e enfrentar o ardor da luz cortante da revelação. Quero ficar cego por um tempo em virtude do impacto que a luz da verdade traz. Ficar cego para o enlatado evangélico, cego para o cauterizado cristianismo institucional. Quero ficar cego para as fórmulas instantâneas da fé, da sua comercialização e do abuso espiritual. Quero recobrar a visão aos poucos. Enxergar com sanidade a vida, as pessoas, a família, os amigos, o futuro, o presente e o passado. Quero aprender a enxergar tudo que enxergava errado. Usar minha visão pela primeira vez!Quero me desviar dos caminhos da "i"greja que não segue o Caminho de Cristo. E andar na contramão desse sistema religioso elaborado sobre outro fundamento que não Jesus, a Rocha Viva. Quero tirar a capa que me identifica como "cristão" com o emblema da cruz para vestir-me de amor pelo próximo e por esse amor ser conhecido como discípulo de Cristo. E carregar não o emblema da cruz, antes, tomá-la dia após dia em meus ombros e renunciar à volúpia e morrer para o pecado.Quero fugir dos grandes eventos de milagres e shows da fé, patrocinados por sórdida ganância e puro estrelismo. E me juntar aos homens de Deus presenteados com o dom da cura que trocam o palco pelo corredor dos hospitais. Que ao invés de pedirem que vão a eles, se dispõem a IR aos que necessitam.Cansei de viver sob maldição financeira! E, agora, não gasto meu dinheiro patrocinando esse sistema putréfulo de escravizar a fé dos pequeninos. Não quero participar de tal infâmia! Que o pouco que tenho sirva não ao luxo dos templos e de seus donos, mas, aos que realmente necessitam da minha fidelidade financeira resultante da confiança no Jeová Jiré. E não da ameaça pastoral de maldição da pobreza versus prosperidade.Quero ser livre para pecar! E da mesma maneira não pecar por entender que não me convém. Mas, se o desejo do pecado ronda a minha mente e não peco por causa da pressão de ter que me consagrar no ministério da "i"greja, que pobre que sou. Porque ainda não seria livre do pecado, mesmo não o praticando... Quero aprender a conduzir meu estilo de vida como resposta de gratidão à aceitação e perdão de Cristo, não como regras e proibições eclesiásticas que não tem efeito nenhum contra o pecado.Estou desconstruindo a minha fé míope e doente para cultivá-la de forma autêntica, sincera, humana e verdadeira. Estou disposto a arriscar minhas crenças pelo conhecimento da verdade eterna, de modo, que mesmo vendo-a como em espelho, possa um dia conhecê-la completa assim como sou conhecido. Se para encontrar o Deus que está estampado no caráter de Cristo, me tornar necessário descrer do Deus pregado, e tornar-me ateu, que assim seja. E que possa, conhecê-Lo de forma pura, única, pessoal e intransferível.Quero derrubar meus pilares espirituais porque não sei de onde vieram. Estavam lá no discurso e na retórica que pseudonimamente aceitei como sendo Jesus Cristo. Agora, nego a cartilha que reza, nego a teologia pronta que engoli e dou-me a oportunidade de aceitar, de fato, Cristo meu Senhor e Salvador, pura e simplesmente.Se fosse possível voltar ao ventre de minha mãe e carregar em meus genes a luz que agora vejo, para que ao nascer, soubesse desviar dos caminhos que para o homem parecem bons, poderia começar de novo sem incongruências e inverdades ludibriosas.Talvez, só agora tenha entendido o que significa "nascer de novo"...


Via Thiago Mendanha

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Artes Visuais para Emanuel

Será realizado um evento voltado as Artes Visuais, no espaço da Comunidade Cristã Reviver de Araucária nos dias 29,30 e 31 de maio...

O evento terá exposições de pintura, escultura, fotografias entre outras obras dos artistas:

- Elisângela Bobato (Curitiba)
- Michele Cristina Simão (Araucária)
- Fábio Belém (Curitiba)

Será uma maravilha receber a todos...

Fica aqui o convite para um trabalho de uma competência sem tamanho..

Levando o amor a todos daquEle que nos deu o dom da arte!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Meus deuses não tinham olhos...

Desde criança conheço Deus. Um fator que só agora percebo é que Deus não mudou. Você pensa, "ora, claro que Deus não mudou. Que novidade!". É verdade que não mudou e nem mudará. Mas, por que conhecemos tantos Deuses diferentes?

Onde quero chegar com isso? De lá para cá, conheci Deus em suas mais variadas facetas. Bem no início, assim que tomei consciência própria, mesmo que muito novo ainda, me apresentaram um Deus grande, forte, poderoso, que está lá em cima, no Céu, sentado em seu trono, olhando para toda a humanidade com atenção e rigidez. Ficava imaginando um senhor de longos cabelos brancos, barba cheia, vestes reais e usando uma sandália deixando à mostra seus pés viris. 
Não conseguia imaginar seus olhos. Só sabia que estes fitavam a Terra como um menino que procura no formigueiro aquela que será seu próximo objeto de experiências macabras - já fiz muito isso e pensava ser assim que Deus também agia em sua superioridade.

Esse era o Deus da minha tenra idade. Creio que foi o Deus da maioria de nós. Aliás, parece que este é o Deus ainda de muitos adultos. Um Ser forte, altivo, vigilante, perscrutador e imponente. Que está acima de nós, lá no Céu, distante e alienado à nossa realidade. Nada mais.

Cresci um pouco e outro Deus surgiu. Não muito diferente do anterior, mas, um pouco mais requintado, teológico, examinado e definido. Era o Deus Criador, Senhor do Universo, das Galáxias, das estrelas... era o Deus do infinito. Era um Ser sem começo e sem fim e que era um só, mas que também eram três personalidades distintas. Putz! A mente dá um nó... Três em Um? Um em Três? Na dúvida, lembro que sempre rezava para cada um deles para não deixar um ou outro enciumado. E para não perder o favor de nenhum deles, é claro! Esse Deus soava mais esclarecido, mais religioso, mais metódico e, ao mesmo tempo, mais complicado. 
E também não conseguia imaginar os seus olhos.

Em um outro momento de minha vida conheci um Deus auto-indulgente. Esse Deus era mais velhaco, barganhador. Minha sensação era de que lidar com ele seria mais fácil e previsível. Afinal, um relacionamento baseado na troca de favores é mais seguro. Sabemos que se nos empenharmos em agradar, seremos agradados em resposta. Foi o período da minha vida onde esmerava-me por seguir à risca os preceitos litúrgicos da igreja. Procurava a santidade exterior e procurava ser um religiosos exemplar. Em troca disso tinha a esperança de ter todas as minhas orações (petições) respondidas. Desde a conversão de minha mãe ao desejo de possuir. Confesso que esse Deus me decepcionou muito por não cumprir com sua parte no relacionamento. 
Também não conseguia imaginar seus olhos, apenas conseguia conjeturar suas intenções.

Meu penúltimo Deus já contrariava um pouco os anteriores. Cheguei a pensar que encontrara e conhecera o verdadeiro e definitivo Deus. Um Deus emotivo, que gostava de ser bajulado com palavras afetivas. Ele fazia com que sentíssemos Sua presença em manifestações inusitadas. Um Deus barulhento. Um Deus que parecia prezar por intimidade. E essa intimidade era medida em arrepios, glossolalias, extases e frenesis religiosos. 
Embora não conseguisse imaginar seus olhos, conseguia imaginar sua voz.

Todos esses Deuses agradam uns e desagradam outros. Todos têm suas preferências e inclinações. Mas, conheci um Deus que não tem tanta popularidade quanto os outros. Esse Deus carrega algumas características dos outros que conheci. Não são todas, só algumas mais nobres. Esse Deus não tem a multidão de fãs que os outros conseguem aglomerar. Aliás, são poucos que engolem esse último Deus que tenho conhecido. Uma grande característica dele é que não depende da religião. Alías, é totalmente separável dela. Esse Deus bebe com os amigos, ouve música, canta e dança, conta boas piadas, não se abstém de tocar as pessoas. Ele não tem nojo de ninguém. Ele não despreza nem o mais vil ser humano. Chega a ser irritante sua inclinação pelos párias e pela escória. Nem a pessoa mais bondosa e livre de preconceitos consegue assemelhar-se com a aceitação desse Deus. Esse Deus embora próximo e verdadeiramente íntimo, exige um certo desatino para que o sigam.

Tenho me amarrado nesse Deus. Consigo imaginá-lo rindo, chorando, irado, dormindo, cantando, dançando, ensinando, brincando, exortando, criando, bebendo, comendo, abraçando e... em tudo isso 
consigo imaginar seu olhar. Posso parar e fitá-lo horas a fio. Gosto Dele porque parece que nele eu sou algo muito melhor do que fui um dia. Na verdade, eu tenho procurado o amar com toda minha alma, com toda minha força e com todo meu entendimento. Esse Deus, meus caros, sofre com o impropério de ser xará destes outros que conheci. E muitas vezes é julgado ou mal interpretado como sendo os outros.

Quando você olha dentro do olho de uma pessoa parece que está mergulhando em seu ser. Se esta permitir-lhe encará-la por muito tempo pescrutando sua alma, você perceberá que seus olhos denunciam se há verdade nela ou se existe apenas mentira e falsidade.

Os outros Deuses não tinham olhos. Este Deus, que agora amo, tem olhos para que eu possa mergulhar.

domingo, 19 de abril de 2009

“- Aqui não é Charn. Era a voz da feiticeira. – Aqui é um mundo vazio. Aqui é Nada.

E, de fato, parecia mesmo Nada. Não havia uma única estrela. Era tão escuro que não se enxergavam; tanto fazia ficar de olhos abertos ou fechados. Sob seus pés havia uma coisa fria e plana, que podia ser chão, mas que não era relva nem madeira. O ar era seco e frio e não havia vento.” Trecho de ‘O sobrinho do mago’ página 55

C.S Lewis é um escritor apaixonante, envolvente e cheio de símbolos e significados. Os pais de Lewis eram anglicanos e ele e seu irmão sempre estiveram neste círculo social, liam muitos livros clássicos, coisa que nós brasileiros pouco lemos, o que é uma pena... A vida de Lewis é cheia de idas e vindas ao cristianismo, mas sem dúvida ele nunca perdeu a essência e o ‘poder da magia’ que é intrínseca a Criação divina, ao poder, as relações de poder, como ninguém mais ele descreve o belo e o feio, faz uma antítese ao Criacionismo levando o leitor a ver o belo e mais que isso, entender o belo como o artístico em Deus, e em Jesus que é simbolizado na estória como o Leão Aslam.

O símbolo do anel ( e não é por acaso que O Senhor dos Anéis, escrito por J. R. R. Tolkien quase na mesma época) utilizara deste elemento de união, de poder, para representar o próprio poder, a força em suas estórias. Lewis usa o anel como um portal para o outro mundo, para o início da Criação, no desenrolar da estória o anel sofre algumas transformações. Fantástico como o escritor utiliza e narra os símbolos da voz ressoando, do círculo de animais em volta do grande Leão no capítulo nove de ‘O sobrinho do Mago’.

“Mas Digory ainda podia ver o Leão. Estava tão grande e tão brilhante que era impossível tirar os ollhos dele. Os outros animais não mostravam o menor medo.

… O coração de Digory batia desordanadamente: sentia que algo muito solene estava pra acontecer.” Trecho de ‘O sobrinho do Mago’ página 64

Não por acaso, As Crônicas de Narnia foram escritas em sete capítulos que estão disponíveis separados ou uma edição recente compilada.

Mesmo se você não tiver 10 anos… ou mesmo se tiver, o livro As Crônicas de Nárnia é fantástico. Entender os símbolos será um grande desafio pra você, tão como é necessário estudar um pouquinho de História para entender a estória e analisar o contexto da Inglaterra no início do século XX para entender como Lewis pensava questões como o Paraíso, a Redenção, a Eternidade.

Aproveite a sugestão!



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Seu Reino...


Seu Reino não se trata de um show. Não se trata de volume alto de som e de um espetáculo espalhafatoso e reluzente, ou de impressionantes formas externas. Pelo contrário: aparenta bem menos do que é na realidade, secreto, por trás dos palcos e cenários. Suas recompensas não vêm através de desempenho público, mas de vigorosa prática em segredo. Semelhantemente, ele [Jesus Cristo] diz, nossa riqueza deveria também estar por detrás das cortinas; deveríamos "acumular tesouros nos céus.

domingo, 5 de abril de 2009

O que daria ao Senhor...


O que eu daria ao Senhor  Pela  minha salvação O que eu daria ao Senhor Não tendo nada que oferecer Eu te dou meu coração Beberei do cálice da salvação Proclamarei o Teu nome Cumprirei os votos que fiz em Tua presença Então te seguirei Sem de Ti me desviar Não importa o custo que isso venha ter... pois eu te dei meu coração... 

sábado, 4 de abril de 2009

X-Men Origins: Wolverine

Quem acompanha o blog sabe que eu nunca postei videos aqui, mais acabei de assistir com meu filho esse filme, pois é nós acabamos de assistir, vazou na net antes de sair no cinema podem acreditar, faltam algumas edições de CG's, mais nada que atrapalhe a emoção do filme, muita ação te espera nesse que eu considerei o melhor filme da saga X-Men....

INFORMAÇÕES DO ARQUIVO
Áudio:Inglês
Legenda:Português - Download Legenda
Tamanho: 400 MB
Formato: AVI
Qualidade: DVDRip
Qualidade de Audio: 10
Qualidade de Vídeo: 10

INFORMAÇÕES DO FILME
Ano de Lançamento: 2009
Gênero: Ação
Duração: 107 Minutos
Assistir OnlineVer

Download do filme aqui:

http://www.megaupload.com/?d=LYM3N760


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sobre jacarés e lobisomens

Vou tentar desenvolver um pouco da minha opinião, ainda informe, sobre a questão homossexual em nossa sociedade, no tocante à união legalizada.

Para esclarecer, não sou moralista, nem fundamentalista, nem discípulo do Julio Severo (rs) e muito menos homofóbico. Quem acompanha a proposta do blog percebe o quão pouco convencional sou. Tenho amigos gays, não colegas, amigos mesmo... enfim...

Como cristão, não compactuo com a prática homossexual, tanto quanto não compactuo com a prática da enganação, da violência, da prostituição, da pedofilia, etc, etc. Ainda como cristão, não intrometo na vida de um cara que encontrou prazer inusitado em oferecer o orifício rugoso a outrem, diga-se de passagem, do mesmo "time". E mesmo que, por mais que me esforce por entender - e não entendo - o cara não preferir uma mulher, que ostenta um corpo cuja as linhas são de causar portentosa inveja em qualquer projetista, cujo bumbum, ah! o bumbum... é um ode à sensualidade, à beleza, à arte escultural, é um símbolo... os seios, nem é preciso falar muito. Desde ainda bebês de colo já nos deliciávamos com eles, com a desculpa de que queríamos leite. Infelizmente crescemos e a desculpa já não cola tão bem... a pele da mulher, o cheiro, o gosto da boca, a maciez das mãos... Oh, God! Vou parar por aqui porque por mais que tente não podería compreender um homem preferir um homem a uma mulher. E olha que até entendo uma mulher preferir uma mulher porque mulher é tão bom, mas tão bom... mas, tão bom que às vezes acontece de uma delas cair em si e perceber isso (rs).

Então, como ia dizendo, não tenho o direito de condenar ou julgar os homossexuais. Aliás, ninguém tem direito de condenar e julgar ninguém. Mas, quero tratar dos aspectos que me incomodam no âmbito social e ideológico. A sociedade avança a passos largos, todos sabem. O que outrora era tabu, já não é mais. Vivemos em uma sociedade sexualizada, fato. Atualmente fala-se muito da polêmica PL 122 que tramita no Senado. Em meio a tudo isso o que me preocupa não são os homessexuais e seus estilos de vida, sua homossexualidade. O que me preocupa é o homessualismo. Isso mesmo, com "ismo". Essa perspectiva doutrinária, ideológica e até "religiosa" dos homossexuais e simpatizantes (o que é um simpatizante? existe simpatizantes de héterossexuais?) me causa certo incômodo.

Querendo ou não, sei que o pós-modernismo e sua relatividade está aí, e tentar manter uma opinião quase retrô não é o jeito mais descolado de ser um "
nice guy". É que em meio a tanto"open your mind" e "free your mind" fico com a sensação de que tudo ainda vai dar em "merda", como diria o Capitão Nascimento.

Em alguns países o casamento gay já é uma realidade com respaldo na lei. Não tenho nada contra um casal gay se unir e morarem juntos. Como já disse, não é da minha conta. Mas, casamento? Matrimônio? Não sei se estou pronto para engolir... não sei se estou pronto - e talvez nem queira estar - para passear com meu filho no parque, em meio a outras famílias, casais de namorados, cachorros, crianças, casais homossexuais e, ocasionalmente, ouvir meu filho indagar:

- Papai, quando crescer posso casar com o Pedrinho? Gosto muito dele... meninas são chatas! Não gosto delas...

Meu medo é ver os limites serem totalmente extinguidos da sociedade. Quebrar paradigmas é necessário, mas, romper totalmente com uma estrutura humana tão natural da sociedade, tão inerente, tão Divina... me assusta! As pessoas são livres, vivemos em uma democracia... se a maioria permitir a implementação de leis que mutabilizem o conceito utópico de família, que ainda carrego, eu como minoria devo prestar meu respeito e aceder à opinião majoritária.

Mas, o que fazer com os casais gays que queiram se unir como marido e mulher? Aliás, deveríamos criar outros termos? Como marido e marido, mulher e mulher? Ou, "eu vos declaro parceiro ativo e parceiro passivo"? E entre mulheres? Existe ativa ou passiva? Desculpem minha ignorância nesse sentido. Me pergunto, quais alterações retroativas deverão ser feitas para viabilizar o casamento gay em nossa Constituição? Presumo que a definição de família deverá ser adaptada.

Seria injusto dois gays que viveram juntos há anos, que batalharam para ter seus bens materiais e, no fim das contas, se separam e deparam-se com nenhum respaldo legislativo que os conduza a um "processo de divórcio". Será necessário instituir o casamento gay para resolver esse problema? Não acho necessário. Pode-se muito bem articular contratos que terão os mesmos resultados. Tá, não dá na mesma que casamento civil? Quase. Mas, como disse, minha inquietação é com a parte ideológica, doutrinária da coisa... talvez apenas trocar os nomes dos documentos me causasse maior alívio. Hipocrisia?!

No final das contas, meu receio é ver a Família deformada... é ter a impressão de que uma sociedade relativista, pós-moderna demais, com argumentos viáveis, dificilmente contestáveis e bem construídos, se achegue cada vez mais perto daquela sociedade vítima de um fenônemo celeste trágico.

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