quinta-feira, 30 de abril de 2009

Artes Visuais para Emanuel

Será realizado um evento voltado as Artes Visuais, no espaço da Comunidade Cristã Reviver de Araucária nos dias 29,30 e 31 de maio...

O evento terá exposições de pintura, escultura, fotografias entre outras obras dos artistas:

- Elisângela Bobato (Curitiba)
- Michele Cristina Simão (Araucária)
- Fábio Belém (Curitiba)

Será uma maravilha receber a todos...

Fica aqui o convite para um trabalho de uma competência sem tamanho..

Levando o amor a todos daquEle que nos deu o dom da arte!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Meus deuses não tinham olhos...

Desde criança conheço Deus. Um fator que só agora percebo é que Deus não mudou. Você pensa, "ora, claro que Deus não mudou. Que novidade!". É verdade que não mudou e nem mudará. Mas, por que conhecemos tantos Deuses diferentes?

Onde quero chegar com isso? De lá para cá, conheci Deus em suas mais variadas facetas. Bem no início, assim que tomei consciência própria, mesmo que muito novo ainda, me apresentaram um Deus grande, forte, poderoso, que está lá em cima, no Céu, sentado em seu trono, olhando para toda a humanidade com atenção e rigidez. Ficava imaginando um senhor de longos cabelos brancos, barba cheia, vestes reais e usando uma sandália deixando à mostra seus pés viris. 
Não conseguia imaginar seus olhos. Só sabia que estes fitavam a Terra como um menino que procura no formigueiro aquela que será seu próximo objeto de experiências macabras - já fiz muito isso e pensava ser assim que Deus também agia em sua superioridade.

Esse era o Deus da minha tenra idade. Creio que foi o Deus da maioria de nós. Aliás, parece que este é o Deus ainda de muitos adultos. Um Ser forte, altivo, vigilante, perscrutador e imponente. Que está acima de nós, lá no Céu, distante e alienado à nossa realidade. Nada mais.

Cresci um pouco e outro Deus surgiu. Não muito diferente do anterior, mas, um pouco mais requintado, teológico, examinado e definido. Era o Deus Criador, Senhor do Universo, das Galáxias, das estrelas... era o Deus do infinito. Era um Ser sem começo e sem fim e que era um só, mas que também eram três personalidades distintas. Putz! A mente dá um nó... Três em Um? Um em Três? Na dúvida, lembro que sempre rezava para cada um deles para não deixar um ou outro enciumado. E para não perder o favor de nenhum deles, é claro! Esse Deus soava mais esclarecido, mais religioso, mais metódico e, ao mesmo tempo, mais complicado. 
E também não conseguia imaginar os seus olhos.

Em um outro momento de minha vida conheci um Deus auto-indulgente. Esse Deus era mais velhaco, barganhador. Minha sensação era de que lidar com ele seria mais fácil e previsível. Afinal, um relacionamento baseado na troca de favores é mais seguro. Sabemos que se nos empenharmos em agradar, seremos agradados em resposta. Foi o período da minha vida onde esmerava-me por seguir à risca os preceitos litúrgicos da igreja. Procurava a santidade exterior e procurava ser um religiosos exemplar. Em troca disso tinha a esperança de ter todas as minhas orações (petições) respondidas. Desde a conversão de minha mãe ao desejo de possuir. Confesso que esse Deus me decepcionou muito por não cumprir com sua parte no relacionamento. 
Também não conseguia imaginar seus olhos, apenas conseguia conjeturar suas intenções.

Meu penúltimo Deus já contrariava um pouco os anteriores. Cheguei a pensar que encontrara e conhecera o verdadeiro e definitivo Deus. Um Deus emotivo, que gostava de ser bajulado com palavras afetivas. Ele fazia com que sentíssemos Sua presença em manifestações inusitadas. Um Deus barulhento. Um Deus que parecia prezar por intimidade. E essa intimidade era medida em arrepios, glossolalias, extases e frenesis religiosos. 
Embora não conseguisse imaginar seus olhos, conseguia imaginar sua voz.

Todos esses Deuses agradam uns e desagradam outros. Todos têm suas preferências e inclinações. Mas, conheci um Deus que não tem tanta popularidade quanto os outros. Esse Deus carrega algumas características dos outros que conheci. Não são todas, só algumas mais nobres. Esse Deus não tem a multidão de fãs que os outros conseguem aglomerar. Aliás, são poucos que engolem esse último Deus que tenho conhecido. Uma grande característica dele é que não depende da religião. Alías, é totalmente separável dela. Esse Deus bebe com os amigos, ouve música, canta e dança, conta boas piadas, não se abstém de tocar as pessoas. Ele não tem nojo de ninguém. Ele não despreza nem o mais vil ser humano. Chega a ser irritante sua inclinação pelos párias e pela escória. Nem a pessoa mais bondosa e livre de preconceitos consegue assemelhar-se com a aceitação desse Deus. Esse Deus embora próximo e verdadeiramente íntimo, exige um certo desatino para que o sigam.

Tenho me amarrado nesse Deus. Consigo imaginá-lo rindo, chorando, irado, dormindo, cantando, dançando, ensinando, brincando, exortando, criando, bebendo, comendo, abraçando e... em tudo isso 
consigo imaginar seu olhar. Posso parar e fitá-lo horas a fio. Gosto Dele porque parece que nele eu sou algo muito melhor do que fui um dia. Na verdade, eu tenho procurado o amar com toda minha alma, com toda minha força e com todo meu entendimento. Esse Deus, meus caros, sofre com o impropério de ser xará destes outros que conheci. E muitas vezes é julgado ou mal interpretado como sendo os outros.

Quando você olha dentro do olho de uma pessoa parece que está mergulhando em seu ser. Se esta permitir-lhe encará-la por muito tempo pescrutando sua alma, você perceberá que seus olhos denunciam se há verdade nela ou se existe apenas mentira e falsidade.

Os outros Deuses não tinham olhos. Este Deus, que agora amo, tem olhos para que eu possa mergulhar.

domingo, 19 de abril de 2009

“- Aqui não é Charn. Era a voz da feiticeira. – Aqui é um mundo vazio. Aqui é Nada.

E, de fato, parecia mesmo Nada. Não havia uma única estrela. Era tão escuro que não se enxergavam; tanto fazia ficar de olhos abertos ou fechados. Sob seus pés havia uma coisa fria e plana, que podia ser chão, mas que não era relva nem madeira. O ar era seco e frio e não havia vento.” Trecho de ‘O sobrinho do mago’ página 55

C.S Lewis é um escritor apaixonante, envolvente e cheio de símbolos e significados. Os pais de Lewis eram anglicanos e ele e seu irmão sempre estiveram neste círculo social, liam muitos livros clássicos, coisa que nós brasileiros pouco lemos, o que é uma pena... A vida de Lewis é cheia de idas e vindas ao cristianismo, mas sem dúvida ele nunca perdeu a essência e o ‘poder da magia’ que é intrínseca a Criação divina, ao poder, as relações de poder, como ninguém mais ele descreve o belo e o feio, faz uma antítese ao Criacionismo levando o leitor a ver o belo e mais que isso, entender o belo como o artístico em Deus, e em Jesus que é simbolizado na estória como o Leão Aslam.

O símbolo do anel ( e não é por acaso que O Senhor dos Anéis, escrito por J. R. R. Tolkien quase na mesma época) utilizara deste elemento de união, de poder, para representar o próprio poder, a força em suas estórias. Lewis usa o anel como um portal para o outro mundo, para o início da Criação, no desenrolar da estória o anel sofre algumas transformações. Fantástico como o escritor utiliza e narra os símbolos da voz ressoando, do círculo de animais em volta do grande Leão no capítulo nove de ‘O sobrinho do Mago’.

“Mas Digory ainda podia ver o Leão. Estava tão grande e tão brilhante que era impossível tirar os ollhos dele. Os outros animais não mostravam o menor medo.

… O coração de Digory batia desordanadamente: sentia que algo muito solene estava pra acontecer.” Trecho de ‘O sobrinho do Mago’ página 64

Não por acaso, As Crônicas de Narnia foram escritas em sete capítulos que estão disponíveis separados ou uma edição recente compilada.

Mesmo se você não tiver 10 anos… ou mesmo se tiver, o livro As Crônicas de Nárnia é fantástico. Entender os símbolos será um grande desafio pra você, tão como é necessário estudar um pouquinho de História para entender a estória e analisar o contexto da Inglaterra no início do século XX para entender como Lewis pensava questões como o Paraíso, a Redenção, a Eternidade.

Aproveite a sugestão!



segunda-feira, 13 de abril de 2009

Seu Reino...


Seu Reino não se trata de um show. Não se trata de volume alto de som e de um espetáculo espalhafatoso e reluzente, ou de impressionantes formas externas. Pelo contrário: aparenta bem menos do que é na realidade, secreto, por trás dos palcos e cenários. Suas recompensas não vêm através de desempenho público, mas de vigorosa prática em segredo. Semelhantemente, ele [Jesus Cristo] diz, nossa riqueza deveria também estar por detrás das cortinas; deveríamos "acumular tesouros nos céus.

domingo, 5 de abril de 2009

O que daria ao Senhor...


O que eu daria ao Senhor  Pela  minha salvação O que eu daria ao Senhor Não tendo nada que oferecer Eu te dou meu coração Beberei do cálice da salvação Proclamarei o Teu nome Cumprirei os votos que fiz em Tua presença Então te seguirei Sem de Ti me desviar Não importa o custo que isso venha ter... pois eu te dei meu coração... 

sábado, 4 de abril de 2009

X-Men Origins: Wolverine

Quem acompanha o blog sabe que eu nunca postei videos aqui, mais acabei de assistir com meu filho esse filme, pois é nós acabamos de assistir, vazou na net antes de sair no cinema podem acreditar, faltam algumas edições de CG's, mais nada que atrapalhe a emoção do filme, muita ação te espera nesse que eu considerei o melhor filme da saga X-Men....

INFORMAÇÕES DO ARQUIVO
Áudio:Inglês
Legenda:Português - Download Legenda
Tamanho: 400 MB
Formato: AVI
Qualidade: DVDRip
Qualidade de Audio: 10
Qualidade de Vídeo: 10

INFORMAÇÕES DO FILME
Ano de Lançamento: 2009
Gênero: Ação
Duração: 107 Minutos
Assistir OnlineVer

Download do filme aqui:

http://www.megaupload.com/?d=LYM3N760


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sobre jacarés e lobisomens

Vou tentar desenvolver um pouco da minha opinião, ainda informe, sobre a questão homossexual em nossa sociedade, no tocante à união legalizada.

Para esclarecer, não sou moralista, nem fundamentalista, nem discípulo do Julio Severo (rs) e muito menos homofóbico. Quem acompanha a proposta do blog percebe o quão pouco convencional sou. Tenho amigos gays, não colegas, amigos mesmo... enfim...

Como cristão, não compactuo com a prática homossexual, tanto quanto não compactuo com a prática da enganação, da violência, da prostituição, da pedofilia, etc, etc. Ainda como cristão, não intrometo na vida de um cara que encontrou prazer inusitado em oferecer o orifício rugoso a outrem, diga-se de passagem, do mesmo "time". E mesmo que, por mais que me esforce por entender - e não entendo - o cara não preferir uma mulher, que ostenta um corpo cuja as linhas são de causar portentosa inveja em qualquer projetista, cujo bumbum, ah! o bumbum... é um ode à sensualidade, à beleza, à arte escultural, é um símbolo... os seios, nem é preciso falar muito. Desde ainda bebês de colo já nos deliciávamos com eles, com a desculpa de que queríamos leite. Infelizmente crescemos e a desculpa já não cola tão bem... a pele da mulher, o cheiro, o gosto da boca, a maciez das mãos... Oh, God! Vou parar por aqui porque por mais que tente não podería compreender um homem preferir um homem a uma mulher. E olha que até entendo uma mulher preferir uma mulher porque mulher é tão bom, mas tão bom... mas, tão bom que às vezes acontece de uma delas cair em si e perceber isso (rs).

Então, como ia dizendo, não tenho o direito de condenar ou julgar os homossexuais. Aliás, ninguém tem direito de condenar e julgar ninguém. Mas, quero tratar dos aspectos que me incomodam no âmbito social e ideológico. A sociedade avança a passos largos, todos sabem. O que outrora era tabu, já não é mais. Vivemos em uma sociedade sexualizada, fato. Atualmente fala-se muito da polêmica PL 122 que tramita no Senado. Em meio a tudo isso o que me preocupa não são os homessexuais e seus estilos de vida, sua homossexualidade. O que me preocupa é o homessualismo. Isso mesmo, com "ismo". Essa perspectiva doutrinária, ideológica e até "religiosa" dos homossexuais e simpatizantes (o que é um simpatizante? existe simpatizantes de héterossexuais?) me causa certo incômodo.

Querendo ou não, sei que o pós-modernismo e sua relatividade está aí, e tentar manter uma opinião quase retrô não é o jeito mais descolado de ser um "
nice guy". É que em meio a tanto"open your mind" e "free your mind" fico com a sensação de que tudo ainda vai dar em "merda", como diria o Capitão Nascimento.

Em alguns países o casamento gay já é uma realidade com respaldo na lei. Não tenho nada contra um casal gay se unir e morarem juntos. Como já disse, não é da minha conta. Mas, casamento? Matrimônio? Não sei se estou pronto para engolir... não sei se estou pronto - e talvez nem queira estar - para passear com meu filho no parque, em meio a outras famílias, casais de namorados, cachorros, crianças, casais homossexuais e, ocasionalmente, ouvir meu filho indagar:

- Papai, quando crescer posso casar com o Pedrinho? Gosto muito dele... meninas são chatas! Não gosto delas...

Meu medo é ver os limites serem totalmente extinguidos da sociedade. Quebrar paradigmas é necessário, mas, romper totalmente com uma estrutura humana tão natural da sociedade, tão inerente, tão Divina... me assusta! As pessoas são livres, vivemos em uma democracia... se a maioria permitir a implementação de leis que mutabilizem o conceito utópico de família, que ainda carrego, eu como minoria devo prestar meu respeito e aceder à opinião majoritária.

Mas, o que fazer com os casais gays que queiram se unir como marido e mulher? Aliás, deveríamos criar outros termos? Como marido e marido, mulher e mulher? Ou, "eu vos declaro parceiro ativo e parceiro passivo"? E entre mulheres? Existe ativa ou passiva? Desculpem minha ignorância nesse sentido. Me pergunto, quais alterações retroativas deverão ser feitas para viabilizar o casamento gay em nossa Constituição? Presumo que a definição de família deverá ser adaptada.

Seria injusto dois gays que viveram juntos há anos, que batalharam para ter seus bens materiais e, no fim das contas, se separam e deparam-se com nenhum respaldo legislativo que os conduza a um "processo de divórcio". Será necessário instituir o casamento gay para resolver esse problema? Não acho necessário. Pode-se muito bem articular contratos que terão os mesmos resultados. Tá, não dá na mesma que casamento civil? Quase. Mas, como disse, minha inquietação é com a parte ideológica, doutrinária da coisa... talvez apenas trocar os nomes dos documentos me causasse maior alívio. Hipocrisia?!

No final das contas, meu receio é ver a Família deformada... é ter a impressão de que uma sociedade relativista, pós-moderna demais, com argumentos viáveis, dificilmente contestáveis e bem construídos, se achegue cada vez mais perto daquela sociedade vítima de um fenônemo celeste trágico.

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