quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Adoração é muito mais do que música




Para muitas pessoas, adorar é apenas sinônimo de música.
Elas dizem: “Em nossa igreja temos primeiro a adoração
e depois o ensinamento”. Esse é um grande malentendido.
Todos os momentos do culto em uma igreja são um ato de adoração: a oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, a declaração de fé, o silêncio, manter-se
quieto, ouvir uma pregação, tomar notas, ofertar,
assinar um cartão de compromisso e até mesmo saudar
outros adoradores.
Na verdade, a adoração é anterior à música. Adão
adorou no jardim do Éden, mas não há nenhuma
menção à música antes de Gênesis 4.21, com o
nascimento de Jubal. Se adoração fosse somente
música, então os que nunca se utilizaram da música
jamais adoraram. Adoração é muito mais do que
música.
De modo ainda mais grave, o termo “adoração” é
muitas vezes utilizado erroneamente em alusão a um
estilo musical específico:
“Primeiro cantamos um hino, depois uma canção
de louvor e adoração”. Ou: “Gosto das canções de louvor
mais rápidas, mas prefiro as canções de adoração mais
lentas”. De acordo com essa convenção, se uma canção
for rápida, alta ou usar metais, é considerada “louvor”.
Mas, se for lenta, tranqüila e intimista, talvez
acompanhada por um violão, é “adoração”. Esse é um
uso inadequado e bastante comum da palavra
“adoração”.
Adoração não tem relação com o estilo, volume ou
andamento da música. Deus ama todos os tipos de
música porque ele inventou todas — rápidas e lentas,
altas e suaves, antigas e modernas. É provável que você
não goste de todas, mas Deus gosta! Se ela é oferecida a
Deus em espírito e em verdade, então é um ato de
adoração.
Os cristãos freqüentemente discordam quanto ao
estilo de música a ser utilizado na adoração, defendendo
apaixonadamente seus estilos preferidos como se fossem
os mais bíblicos ou reverentes a Deus. Mas não existe
um estilo bíblico! Não existem notas musicais na Bíblia,
e nós nem temos os instrumentos que eles utilizavam
nos tempos bíblicos.
Para ser sincero, o estilo musical que você prefere
diz mais sobre você — sua formação e personalidade —
do que sobre Deus. O som de um grupo étnico pode soar
barulho para outro. Mas Deus gosta de diversidade e
aprecia a todos.
Não existe nada como música “cristã”; existe
apenas letra cristã. É a letra que torna uma canção
sagrada, e não a melodia. Não existem melodias
espirituais. Se eu tocasse para você uma música sem a
letra, não haveria como saber se é uma canção “cristã”.

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