quarta-feira, 14 de abril de 2010

O IMPOSTOR QUE VIVE EM MIM



Os impostores se preocupam com a aceitação e a aprovação. Por causa da sufocante necessidade de agradas outros, não conseguem dizer não com a mesma confiança que dizem sim. Por isso fazem das pessoas, dos projetos e das causas uma extensão de si mesmos, motivados não pelo comprometimento pessoal, mas pelo medo de não atingir as expectativas dos outros.

O falso eu nasce na infância, quando não somos amados, quando somos rejeitados ou abandonados. John Bradshaw define a co-dependência como uma doença “caracterizada pela perda da identidade. Ser co-dependente é estar destituído do contato com os próprios sentimentos, as necessidades e os desejos”.

O impostor é o co-dependente clássico. Para alcançar aceitação e aprovação, o falso eu suprime, ou camufla, sentimentos, impossibilitando a honestidade emocional. Viver a partir do falso eu gera um desejo compulsivo de apresentar uma imagem perfeita para o público, de forma que todos nos admirem e ninguém nos conheça. A vida do impostor se transforma numa montanha russa de exultação e depressão.

O falso eu se vale de experiências externas para construir uma fonte pessoal de significado. A busca por dinheiro, poder, glamour, proezas sexuais, reconhecimento e status realça o mérito pessoal e cria a ilusão de sucesso. O impostor é o que ele faz.

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