sábado, 29 de outubro de 2011

Louvor, você esta fazendo isso errado! \0/



quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dá pra transformar a igreja em algo mais orgânico?




A pós-modernidade é mágica! Uma época fantástica, em que existe grande abertura para Jesus e até mesmo para seus ensinos de contracultura!
Porém, desconfio que algumas práticas minhas e de tantas outras pessoas, tornam-se armadilhas que logo ali na frente podem atrapalhar Jesus e seus ensinos. Eu porém prefiro ficar muito atento a isso…
Jesus veio libertar as pessoas da religião organizada de sua época, quando os líderes religiosos se tinham prendido ao legalismo, ao poder, ao controle e a outras armadilhas da  religião.
Não podemos reconstruir tudo o que Jesus veio e destruiu. Pode parecer piegas, mas Jesus veio para dizer que a coisa toda não envolve religião, e sim RELACIONAMENTO.
E não se trata apenas de relacionamento de um individuo com Deus. Trata-se também do relacionamento com uma comunidade de fé. Quando entramos na Igreja (com “I”, da qual todos que um dia comprometeram-se com o Senhor fazem parte), submergimos num maravilhoso e desorganizado relacionamento comunal com Deus.
Sim! Precisamos de organização em nossas igrejas, como qualquer família precisa. Mas não o tipo de organização que asfixia a Igreja, promove o legalismo e transforma a família em corporação.
Resumindo: dá pra ser mais orgânico, uma comunidade organizada com uma compaixão para servir às pessoas.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Nos Falta Coragem



Muitas pessoas pensam que os cristãos são aqueles que seguem algum padrão moral rigoroso. De fato, muitos "evangélicos" parecem ter o que dizer apenas quando o assunto envolve sexualidade, bebida alcoolica ou drogas, (são contra, claro!).

Poucos se arriscam pensar por conta própria. Facilmente caímos na tentação de apenas repetir os chavões de algum líder mais eloquente. Nos tornamos, assim, um povo legalista e sem proposta. Se tirarmos essa ‘meia dúzia’ de assuntos polêmicos acabaremos sem nenhum cavalo de batalha para legitimar a nossa existência.

Política só entrou no debate cristão esse ano por causa da ameaça envolvendo ‘a moral e os bons costumes’ (quase tudo relacionado à sexualidade). Quando, na verdade, não precisamos fazer dessas coisas uma discussão religiosa. Promiscuidade, encher a cara, fumar, usar outros tipos de drogas é mais burrice do que uma questão de fé. Não precisa ser cristão para perceber o que prejudica a si mesmo, o que faz mal à saúde, o que é expressão de carência afetiva, basta um mínimo de inteligência (Gálatas 6. 7).

Quem acredita que ser cristão é estar numa eterna luta entre os ‘do contra’ e os ‘a favor’ ainda não compreendeu nada. E, quem acha que o Evangelho (boa nova) é sair da casa do pai (Lucas 15. 11) para se esbaldar à revelia, entendeu menos ainda.

Um dos grandes problemas dos cristãos é que ainda não compreendemos bem a centralidade do Evangelho. Ignoramos o que significou a vinda, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Assim, vivemos com uma idéia vaga do que acreditamos ser o reino de Deus. Muitos se cansam de esperar e ‘chutam o balde’. Quando na verdade, o que menos deveriam fazer é esperar. O problema é que o que nos falta nem é fé, compromisso, devoção, etc… Falta coragem.

Falta ousadia para assumirmos de fato o Evangelho. Assim, seguimos em nossas leituras seletivas da Bíblia. Colhemos aquilo que nos convém. Nos omitimos de um estudo sistemático mais sério e profundo. Na verdade, queremos o light, o consumismo burguês, as benesses da mesa do rei (Daniel 1. 5-8), chafurdar na lavagem dos porcos… Esquecemos aquela ilustração básica da folha seca (que o vento leva para onde quer) ou do peixe morto (que se deixa levar pela correnteza). Sem coragem para assumir o Evangelho ou deixar de vez a religião vinculada, criamos a nossa própria versão self service.

É claro! Sim, o pai deixou partir o filho mais moço (Lucas 15. 12). Nenhuma religião deveria conduzir seus fiéis pelo cabresto (mesmo que muitos fiéis assim o queiram!). O objetivo dos dons e do serviço cristão é, entre outras coisas, “que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro” (Efésios 4. 13, 14).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O Pecado Nosso de Cada Dia



Que fique claro: se pecado fosse ruim, ninguém pecava!

Se pecamos, é porque gostamos do pecado… Nos dá prazer, nos faz bem.

Pecado ruim ninguém quer. Será que existe pecado ruim?

Queremos só o pecado bom, gostoso, prazeroso, delicioso e, se possível, escondido.

Pecado que é bom é o pecado que gostamos…

Não basta uma boa refeição, é necessário encher o prato e repetir… Ah! Repetir… Que delícia a gula. Um dos pecados mais aceitos pela sociedade. Acham até bonito! Pecado que já foi de rico, mas hoje é pecado de pobre, pois estes agora podem ter a mesa farta, que não tinham, e se esbaldam com as novas possibilidades culinárias. Rico já não peca o pecado da gula, pois é mais chique ficar esbelto.

Esbelto? Magro? Elegante? Ah! O pecado da vaidade… Este é também um pecado muito bem aceito. Que delícia ser bonita e chamar a atenção! É feio não ser uma pessoa vaidosa. Temos que estar belos, pois, afinal, o mundo trata melhor quem se veste bem e quem é mais bonito é mais votado. Um luxo ser magro, pois nos deixa mais perto e aptos para a luxúria, que é uma delícia! A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material: “deixar-se dominar pelas paixões”. Só não gosta de sensualidade, por raiva, os que não o são. Quem quer ser feio, careca, baixinho, barrigudo e, portanto, sem qualquer “sex appeal” que levante a mão! Ninguém? Vamos tentar de novo: Quem quer ser gorda, com cabelo mal cuidado, sem cintura, peitos caídos, bunda reta, dentes tortos e olhos esbugalhados, que dê um passinho à frente! Ninguém novamente? Caramba… A galera quer mesmo é ser bonita, né?! Feiúra e luxúria não combinam nada.

Aliás, por falar em corpo lindo, você viu a nova vizinha gostosa? Hum… Que inveja! Aliás, que inveja do carro deles também, tem 168 cavalos. Precisa mesmo de tantos cavalos para poder carregar aquela protanca. Que inveja! “Penso ser Deus injusto, em dar tanto atributo físico para outras mulheres e dar tão pouco pra mim, que raiva de Deus que eu chamo de inveja! Isto me leva à ira”. Fico irado ao ver o sucesso profissional e a estabilidade empregatícia do meu vizinho que fez escolhas melhores que as minhas. Isto me causa ira, mas não me importo, pois até gosto de sentir esta raivazinha dele, pois assim, exorcizo minha frustração. Ira deliciosa!

Se fosse ruim, ninguém pecava. Nós gostamos da preguiça! Temos prazer em acumular, enquanto outros nada têm e nos orgulhamos de nossa avareza.

Falar que não se gosta do pecado é hipocrisia. Mas o que Cristo nos ensina é que aquilo que tanto gostamos, o pecado, faz mal a nós mesmos, pois todo pecado tem uma consequência. Mais que o pecado, o problema são as consequências deste: Obesidade, enfermidades, divórcios, mortes, prisão, fomes, injustiças sociais, divisões, facções, guerras… O pecado não faz mal a Deus, faz mal a nós mesmos. A maioria dos problemas que enfrentamos é consequência do pecado e do erro. Assim, o pecado faz mal não apenas a nós mesmos, mas, sobretudo, a quem está do nosso lado, e como devemos amar quem está do nosso lado, devemos levar um estilo de vida tal que devemos tentar diminuir a frequência e intensidade destas atitudes e sentimentos que tanto gostamos e que, por vezes, alimentamos: o pecado.

Paradoxalmente nós evitamos pecar não é para ir pro céu nem agradar a Deus, posto a salvação já termos em Cristo Jesus e a Deus jamais conseguiremos agradar com nossa justiça que é injusta. Evitamos pecar por amor a nós mesmos. Peixe morre pela boca!

Só não vale fingir que não gostamos deles. A melhor atitude é assumir-se pecador. Assumir-se como um ser humano normal, que tem prazer nas coisas que dão prazer à alma, sem fingir que não gosta do que dá prazer: Assumir-se pecador não é pecado, é nobre. Paradoxalmente, assumir-se sem pecado, além de mentiroso, é arrogante, medíocre e doentio, posto ser natural gostar do que é bom.

Graças a Deus que nos perdoa gratuitamente dos nossos pecados e nos livra deles por Graça. Busque pecar menos a cada dia, mas saiba: você irá ganhar e perder nesta batalha travada em sua mente.

Não viva dentro da hipocrisia dos religiosos, mas aceite-se como é, sabendo que Deus é quem nos perdoa e nos ajuda a continuar caminhando, mesmo sabendo que jamais seremos o que deveríamos ser.

Se você se chama pecado, Deus se chama perdão! Aceite o perdão e viva em paz!