domingo, 15 de fevereiro de 2009

A Salvação é para você!



Nesta mensagem quero mostrar a resposta para algumas perguntas que são comuns aos homens, tais como: de onde vim? O que sou?  Para onde vou?

Muitas filosofias e religiões procuram, sem sucesso, acalentar o coração humano, que vazio, corre atrás de respostas para a sua existência.

Mas, sempre que encontram alguma explicação, resta no coração uma necessidade de algo mais concreto e que realmente o acalme. O que acontece na verdade, é a tentativa frustrada de aceitar uma explicação vaga e inconsistente para tamanhos questionamentos.

A paz de espírito virá sobre os homens, quando estes reconhecerem a soberania do Senhor Deus sobre a sua existência, aceitando a simplicidade das explicações expostas na Bíblia Sagrada e abertas a todos.

Para começarmos a compreender a grandiosidade da existência humana é preciso reconhecer  que Deus é o criador de todo o universo (Gênesis 1.1“No princípio, criou Deus os céus e a terra”; Neemias 9.6 “Ó Deus, só tu és o SENHOR! Tu fizeste os céus e as estrelas. Tu fizeste a terra, o mar e tudo o que há neles; tu conservas a todos com vida. Os seres celestiais ajoelham-se e te adoram.”), inclusive do homem (Gênesis 1.27 “Assim Deus criou os seres humanos; ele os criou parecidos com Deus. Ele os criou homem e mulher.”)  e demais seres viventes.

Qual o fundamento para aceitarmos tal explicação? A fé!

A Bíblia é o único livro que traz a verdadeira narrativa da existência do Deus Vivo, bem como, da criação e a explanação do Seu amor imensurável pela humanidade. O homem, objeto do amor de Deus, rebelou-se contra o Criador e na prática da desobediência afastou-se dos planos divinos. Mesmo assim, a misericórdia do Eterno Senhor superou todas as expectativas, e Cristo, o Messias, foi enviado com a missão de resgatá-lo dos seus maus caminhos, restaurando-lhe a comunhão inicialmente existente e a possibilidade da salvação.

Adão e Eva formavam o primeiro casal (Gênesis 2.7, 22), eram à semelhança do Senhor; puros e sem pecados (Gênesis 1.26,27), residiam no Jardim do Éden (Gênesis 2.15), um paraíso criado exclusivamente para a habitação do ápice da criação. Deus determinou algumas regras (Gênesis 2.16,17) para a boa vivência dos primeiros humanos, no entanto, Adão e Eva em desobediência às ordens divinas, pecaram (Gênesis 3.1-7). O pecado determinou a sua expulsão do Éden, bem como, a quebra da comunhão antes existente entre Criador e criatura (Romanos 5.12, 17-19 “O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana porque todos pecaram...  É verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana. Mas o resultado do que foi feito por um só homem, Jesus Cristo, é muito maior! E todos aqueles que Deus aceita e que recebem como presente a sua imensa graça reinarão na nova vida, por meio de Cristo. Portanto, assim como um só pecado condenou todos os seres humanos, assim também um só ato de salvação liberta todos e lhes dá vida. E assim como muitos seres humanos se tornaram pecadores por causa da desobediência de um só homem, assim também muitos serão aceitos por Deus por causa da obediência de um só homem”). A vida humana tornou-se escrava do pecado; suas práticas são más, e destoantes da vontade de Deus (Romanos 7.14-19  “Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo. Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo.  E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz.  Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo.  Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço”), o homem desde a sua concepção está sujeito ao pecado (Salmos 51:5  “De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido”).

Esta situação de pecado (1João 3.4-6 “Quem peca é culpado de quebrar a lei de Deus, porque o pecado é a quebra da lei. Vocês já sabem que Cristo veio para tirar os pecados e que ele não tem nenhum pecado. Assim, quem vive unido com Cristo não continua pecando. Porém quem continua pecando nunca o viu e nunca o conheceu”.) afasta o homem dos propósitos de Deus, trazendo sobre ele a condenação eterna.

Deus amou primeiro e providenciou meios para a retomada da comunhão, o Messias foi enviado! “O Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo” (1João 4.14)“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos” (1Timoteo 2.5,6); “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Corintios 15.3,4) A vinda do Senhor Jesus Cristo foi o cumprimento de antigas profecias e o seu benefício salvífico envolveu toda a humanidade, inclusive, nós.

Amados, são dias de recomeço, é necessário que sejamos semelhantes a Jesus (Romanos 8:29  Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”é através de uma vida consagrada, santa e pura que somos transformados pelo Pai (2Coríntios 3:18  “...Somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”).
Amém.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

É tudo a respeito de quem? Jesus?



Se a adoração é para Deus, porque tantas músicas dizem respeito a nós?


Se um marciano visitasse a terra e observasse alguns terráqueos num culto contemporâneo ou não-tradicional, o que ele informaria ao seu planeta de origem? (Um exercício similar pode ser imaginado para igrejas mais tradicionais, se bem que os resultados seriam diferentes). Meu amigo John, que é professor de música e não um extraterrestre, notou algo que pouquíssimos terráqueos perceberam até agora (veja seu artigo completo em inglês em www.anewkindofchristian.com). Uma parcela demasiadamente grande das nossas músicas de adoração tem o foco mais sobre nós mesmos do que sobre Deus. É bem verdade que usamos as palavras “adoração, gratidão, louvor a Deus”, mas, na maioria das vezes, referimo-nos a quê? A seus gloriosos atributos e maravilhosos mistérios? A seu agir na história e seus julgamentos cósmicos? Ao fato de que resgata a viúva e o órfão, e torna livre o cativo? À maneira como humilha os arrogantes e dispersa o rico deixando-o com fome? Ao modo como faz orbitar as galáxias e embeleza as estrelas com sua luz gloriosa? Ah, não. Ao invés disso, adoramos a Deus por nos manter próximos a ele, por nos proteger, por fazer com que nos sintamos amados, abençoados, perdoados, acolhidos e aquecidos sob o cobertor elétrico de sua segurança eternal. Nós o parabenizamos por suprir nossas necessidades de modo satisfatório. Muitas vezes quando dizemos a Deus “Você é um Deus tão bom!”, parece mesmo que estamos dirigindo palavras carinhosas a um animalzinho de estimação. Não me causa nenhuma alegria dizer estas coisas, mas acredito que elas precisam ser ditas. Pois, em geral, quando não estamos louvando a Deus pelo quanto somos bem cuidados por ele, estamos entoando canções que nos parabenizam pela maneira tão positiva como respondemos à sua graça. Você já se deu conta do quanto nós cantamos sobre o quão apaixonadamente nós cantamos? Também falamos muito a respeito do que nós vamos fazer - geralmente no singular: “eu adorarei, eu darei louvor, eu me prostrarei etc e etc”. Uma bela e bem-intencionada canção chega a afirmar que Deus pensa “em mim acima de tudo”. Como diria meu amigo professor de música: “Perdoe-me, mas a única pessoa que pensa em mim acima de tudo... sou eu mesmo”. Quando o problema não está no que cantamos, está no que pregamos. Sejam os sermões contemporâneos do tipo “satisfaça-as-minhas-necessidades” ou os sermões estilo “fogo e enxofre” típicos da escola mais antiga, o foco parece não abandonar o ideal de que nossas boas almas serão finalmente levadas ao céu, enquanto neste entretempo, nossas circunstâncias aqui na terra seguirão melhorando pouco a pouco. Sim, talvez eu esteja exagerando. Mas me pergunto, será que estou mesmo? Um visitante marciano poderia julgar então, que por amor aos pobres, aos esquecidos, aos alienados, à viúva, ao órfão e ao oprimido, Deus não é um grande sucesso por aqui. Nem por amor a ele mesmo Deus seria popular entre nós, a não ser por aquilo que ele faz em nosso favor - o que com grande freqüência revela quem é a verdadeira estrela do espetáculo. Falando em espetáculo, o filme protagonizado por Jim Carrey, O Show de Truman (The Truman Show), me vem à mente junto com uma inquietante indagação: se nos mantivéssemos sensatos, como Truman ao final do filme, e nos encontrássemos diante da oportunidade de sair de nossa redoma deixando para trás o seguro e previsível mundo onde somos as estrelas e onde tudo gira ao nosso redor... será que teríamos a coragem de dar este passo? Em minhas viagens (reais e virtuais), tenho o privilégio de conhecer centenas de pastores e líderes cristãos, muitos deles jovens e muitos já mais velhos do que eu, que estão saindo de suas redomas, renunciando ao estrelato espiritual e abandonando os pequenos aquários onde vivem em segurança e privilégio para partirem rumo a um mundo muito maior e mais desafiador. Estes pastores e líderes têm abraçado a difícil tarefa de re-examinar seus sistemas teológicos centrados em si mesmos (e na igreja), mesmo sabendo que este processo pode fazê-los parecer estranhos, perigosos e até mesmo heréticos aos olhos de alguns amigos. Eles têm assumido este risco porque, dentre outras coisas, estão cansados das músicas que adoram nossa bela e apaixonante sinceridade, e incluem a Deus entre os vários acessórios que contribuem para nossa riqueza material, emocional e espiritual. Estes pastores e líderes recusam-se a limitar o foco de suas pregações às “necessidades” dos salvos e eleitos, mas ao invés disso, buscam manter vivo nos ouvidos de sua audiência, o clamor dos menos favorecidos, dos marginalizados e também dos perdidos. Eles estão escrevendo novas canções e pregando novos sermões sobre justiça e compaixão, missão e esperança, amor divino e amor humano (orientado para o próximo). Novos cânticos e novos sermões sobre a glória de um Deus que ama não apenas a “mim, mim, mim”, mas a todo o mundo - gente vermelha, amarela, negra e branca, como diz a antiga canção. Este exercício tem deslocado o foco de um evangelho centrado sobre o “eu” para um evangelho capaz de abençoar o mundo inteiro. Sem dúvida, muito do que se tem discutido sobre a “igreja emergente” encaixa-se na categoria de uma nova configuração demográfica carente de um novo arranjo onde tudo esteja ajustado a seus caprichos e gostos não-convencionais. Afinal, tudo gira ainda em torno de mim, tudo ainda diz respeito a mim. A diferença, no entanto, é que este “mim” provém de outro setor do mercado. É como se estivéssemos solicitando que o cenário do filme O Show de Truman fosse redesenhado para um novo e mais exigente Truman, um “hiper-Truman”. Mas se existe ao menos uma faísca de alguma coisa a mais na conversa emergente, apenas uma centelha de esperança de que o Deus real possa ser encontrado fora da redoma de uma religião consumista e narcisista, e de que este Deus, na verdade, seja tão maravilhoso que nós desejemos por algum tempo cantar e pregar sobre ele, mais do que sobre nós mesmos, então devemos alimentar esta pequena chama. Isto daria aos marcianos uma boa notícia para levar de volta a seu planeta de origem. E seria também uma boa notícia por aqui.